Terroristas bloqueiam estrada entre Nsanja e Muaja, em Ancuabe

Por Quinton Nicuete


Pânico e extorsão: insurgentes bloqueiam estrada essencial entre Muaja e Nsanja e exigem resgates por reféns, incluindo cidadãos chineses.


Neste sábado (12/04), grupos armados bloquearam a estrada entre Nsanja e Muaja, no distrito de Ancuabe, em Cabo Delgado, causando pânico entre motoristas e moradores locais. Segundo relatos, os insurgentes estão a parar viaturas, confiscar telefones e exigir resgates que variam entre 10 mil e 200 mil meticais para a libertação dos reféns.


Entre as vítimas estão cidadãos de nacionalidade chinesa, que estavam a transitar pela estrada no momento do bloqueio. A presença de estrangeiros entre os reféns levanta preocupações adicionais sobre a segurança e possíveis repercussões internacionais.


Pelo menos oito motoristas moçambicanos conseguiram escapar e foram acolhidos por moradores da aldeia Nsanja, na localidade de Nanjua. Alguns reféns foram libertados com o apoio dos Namparamas, um grupo local de autodefesa.


O clima na região continua tenso, e muitos motoristas se sentem inseguros para retomar a viagem, especialmente porque foram obrigados a abandonar os seus camiões no local do ataque.


A estrada que dá acesso a Montepuez e Pemba continua bloqueada e é considerada de alto risco para a circulação civil, sem garantia de segurança. Os carros que saem de Pemba param em Nanjua e os que vem de Montepuez param em Muaja.


“Estão ali na entrada entre  onde esta a placa sinalizando a entrada que vai dar a base Chaimite e do outro lado a onde esta a placa que da indicação da Entrada ao  quartel das FDS  recentemente fechado.” Disseram ontem fontes no local.


O governo ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.


Desde sábado, 28 de março, os insurgentes têm aterrorizado o distrito de Ancuabe, não apenas bloqueando estradas e capturando pessoas, mas também atacando aldeias como Nonia, Mihegane e Nkole. Em todos esses ataques, várias pessoas foram brutalmente mortas. Além disso, atacaram a mina de ouro na aldeia de Mauja, onde capturaram garimpeiros e outras vítimas. (Moz24h)


 


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