O Ministro do Interior de Moçambique, Paulo Chachine, negou esta semana a existência de esquadrões da morte no país, em resposta à crescente preocupação da população face à vaga de homicídios registada após as últimas eleições gerais. Muitas das vítimas destes crimes têm sido figuras políticas ou com ligações directas ao meio político, o que tem alimentado um intenso debate tanto a nível nacional como internacional.
Em declarações à comunicação social, feitas a partir da província de Sofala, no âmbito da abertura do Oitavo Curso de Sargentos da Polícia, Chachine afirmou não ter conhecimento da presença de grupos organizados responsáveis por execuções sumárias, contrariando assim as acusações levantadas por vários sectores da sociedade civil.
Questionado sobre a falta de esclarecimento nos casos em que as vítimas estão associadas à esfera política — cujos autores dos crimes permanecem por identificar ou capturar — o governante garantiu que todas as investigações são conduzidas de forma imparcial, sem qualquer distinção com base no estatuto das vítimas.
De recordar que o caso mais recente associado a esta onda de violência foi a tentativa de homicídio de Joel Amaral, cuja investigação ainda decorre.
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