CAROL BANZE, na Cidade do Cabo
MOÇAMBIQUE e África do Sul constituíram equipas de trabalho para passarem em revista os acordos bilaterais, tendo em vista a sua rápida materialização, em áreas como transportes e logística, energia, recursos minerais e segurança transfronteiriça.
A decisão foi tomada no culminar da visita de um dia que o estadista moçambicano efectuou ontem à África do Sul, a convite do seu homólogo, Cyril Ramaphosa, durante a qual também teve a ocasião de se reunir com o sector privado e com a comunidade moçambicana ali residente.
Falando no fim da visita, Chapo deu conta que esta deslocação teve como foco á economia, destacando-se, entre vários pontos, o comércio bilateral.
“Nesta linha, para além de estreitar cada vez mais as nossas relações de amizade, foram constituídas equipas, principalmente de ministros das áreas económicas, para a revisão dos acordos já assinados, para colocá-los em prática. Achamos que há áreas fundamentais, uma das quais a dos transportes e logística”, indicou.
Acrescentou que há que melhorar a eficiência dos corredores rodoviários como a N4, da fronteira e do Porto de Maputo.
“Sabem muito bem que a África do Sul é um dos principais utilizadores do Porto de Maputo e também da fronteira de Ressano Garcia, que achamos que temos que melhorar a sua eficiência do lado moçambicano e sul-africano”, indicou.
A intenção dos dois governos é que no futuro haja uma fronteira de paragem única em Ressano Garcia, de modo a flexibilizar o desembaraço aduaneiro e galvanizar o transporte e logística.
Para além destes eixos de cooperação, Chapo citou a existência de vários projectos na área da agricultura, de infra-estruturas, do turismo, digitalização, recursos minerais e energia, sobretudo tendo em conta que a África do Sul é um país que enfrenta défice de electricidade.
“Moçambique tem se posicionado como uma referência na produção de energia eléctrica na região que é fornecida a Zimbabwe, Malawi, Zâmbia e África do Sul e achamos que era importante falarmos sobre estes aspectos”, indicou.
Os dois países também reafirmaram a cooperação na área de segurança, tendo em conta alguns crimes como sejam os raptos, sobretudo de empresários, que prejudicam a economia.
“Esta é uma preocupação do Governo moçambicano e sul-africano. Temos tido situações em que a investigação percebe que alguns dos raptores escapam para o território sul-africano”, indicou, para depois acrescentar que nestes casos há que encontrar formas para a sua extradição.
Com o governo da RAS também há colaboração tendo em vista conter os actos de vandalismo, manifestações violentas, criminosas e ilegais que estão a acontecer em Moçambique.
“Estamos neste momento a colaborar para que situações como estas não aconteçam tanto do lado sul-africano como moçambicano, pois não há desenvolvimento sem paz”, indicou.
Neste momento, os órgãos de justiça no país trabalham tendo em vista a responsabilização dos infractores.
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Moçambique e RAS dinamizam comércio
março 05, 2025
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