Agentes da Polícia da República de Moçambique tentaram impedir a entrada no Tribunal Judicial da Província de Sofala, de cerca de 100 trabalhadores da empresa Cimentos da Beira, que têm estado nos últimos dois meses, a amotinar-se, todos os dias naquelas instalações para exigir o fim do processo de insolvência.
O processo de insolvência especial da Fábrica de Cimentos da Beira, decretada em Outubro do ano passado, pelo Tribunal Judicial da Província de Sofala, e com prazo de 90 dias, que expirou em Janeiro passado, está longe de ser encerrado e, neste momento, a empresa está paralisada e os trabalhadores estão há cerca de três meses sem salários.
Cansados de esperar por uma decisão de quem decretou a insolvência, os trabalhadores têm estado todos os dias amotinados no tribunal para exigir a celeridade do processo. Mas desta vez encontraram uma barreira para aceder às instalações do tribunal.
Os trabalhadores emitiram um ofício em finais de Outubro passado a exigir o desbloqueio das contas da empresa a fim de poderem comprar matéria-prima para produção de cimento, pagamento de dívidas e de salários, mas há dois meses que não obtêm resposta.
Segundo os trabalhadores, o Tribunal disse que o processo do desbloqueio das contas está em curso desde Janeiro passado.
Amainados os ânimos os trabalhadores foram atendidos pelo Juiz presidente do Tribunal Judicial de Sofala, António Charles que, segundo eles, afirmou que ao trabalhadores interpretaram mal o prazo da insolvência.
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Insolvência da Cimentos da Beira: Trabalhadores agastados com lentidão do tribunal
março 27, 2025
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