Discussão acalorada entre membros da Frelimo sobre falta de apoio à campanha eleitoral gera debate público sobre independência de servidores
Um áudio vazado
recentemente trouxe à tona um acirrado desentendimento entre membros da
Frelimo, gerando intensa discussão nas redes sociais.
A gravação, divulgada
pelo canal Moz Na Diáspora, mostra
membros do partido em uma discussão dentro de um gabinete, onde a frustração
com a falta de envolvimento de certos colegas na campanha eleitoral foi o tema
central.
Durante a discussão, um
dos participantes acusou um colega de estar alheio aos esforços da campanha,
afirmando: "Estamos fazendo campanha para a Frelimo, e você está aqui
sentado porque o partido te colocou nesta cadeira.
" O acusado, por
sua vez, rebateu a afirmação, defendendo sua posição como resultado de seus méritos
pessoais e não de favores partidários.
“Eu estudei e passei
por um concurso para ocupar esta vaga, estou aqui para servir o governo e o
povo, não o partido", afirmou ele.
A gravação vitralizou
nas redes sociais, levantando questões sobre o papel de funcionários públicos
em campanhas eleitorais.
O caso expôs uma tensão entre a lealdade ao partido e a independência profissional, com alguns membros da Frelimo defendendo que todos os ocupantes de cargos no governo devem apoiar a campanha eleitoral. “Se você não quer participar da campanha, então não deveria ser chefe”, afirmou um dos presentes.
O vídeo gerou intenso
debate público, com muitos internautas criticando a pressão sobre funcionários
públicos para apoiar o partido no poder, questionando se isso não viola
princípios democráticos.
“Ele estudou, passou no
concurso, e agora querem tirá-lo só porque não está apoiando a campanha? Isso é
uma violação de direitos”, escreveu um internauta, reflectindo o clima de
indignação online.
Este episódio trouxe à tona um debate mais amplo sobre a independência dos servidores públicos em Moçambique, destacando o delicado equilíbrio entre mérito pessoal e lealdade partidária. Veja mais Clique Aqui...