União Europeia envia 32 observadores para Moçambique para monitorar eleições de 2024; mais de 150 observadores internacionais estão previstos
Nesta sexta-feira, 13
de Setembro, os primeiros 32 observadores de longo prazo da União Europeia
partiram para as 11 províncias de Moçambique, marcando o início da missão de
observação do processo eleitoral no país.
Esta acção faz parte de
um esforço mais amplo da União Europeia e de seus parceiros para acompanhar as
eleições gerais e provinciais previstas para o dia 9 de Outubro.
Ao todo, mais de 150
observadores de 24 Estados-membros da União Europeia, além da Suíça, Canadá e
Noruega, serão enviados para Moçambique.
De acordo com Margarida
Alves, chefe adjunta da missão de observação, a presença dos observadores
abrange todas as províncias, incluindo Cabo Delgado, uma região que enfrenta
desafios de segurança devido a ataques terroristas.
Margarida Alves
destacou que a segurança dos observadores é uma prioridade para a missão e que
todas as decisões sobre o envio das equipes são tomadas com base na análise do
contexto de segurança do país.
"A presença dos
nossos observadores no terreno é fundamental, especialmente em áreas mais
instáveis, como Cabo Delgado", afirmou Alves.
A missão da União
Europeia começa em um momento em que o Centro de Integridade Pública (CIP)
criticou a suposta dualidade de critérios do bloco europeu em relação a
processos eleitorais irregulares.
Armando Nhantumbo,
analista político, enfatizou a importância de que os relatórios de observação
sejam fiéis aos eventos para evitar desinformação e violência pós-eleitoral.
"Cada lado deve desempenhar um papel crítico e responsável durante o
processo eleitoral", disse Nhantumbo.
Em resposta às
críticas, Margarida Alves reafirmou que a metodologia de observação da União
Europeia é baseada na neutralidade e imparcialidade. Ela destacou que, em
eleições anteriores, a UE já havia sugerido acções para garantir um processo
justo e transparente.
“Temos uma metodologia
de observação testada nos últimos 20 anos, consistente e imparcial, e buscamos
uma análise abrangente do processo eleitoral”, explicou Alves.
Entre as recomendações
da União Europeia, está a publicação dos editais originais das mesas de voto
online pela Comissão Nacional de Eleições, visando aumentar a transparência e
credibilidade do processo eleitoral. Esta recomendação, feita pela primeira vez
em 2019, foi reiterada como essencial para garantir a confiança no resultado
das eleições.
Nas próximas semanas, a União Europeia planeja enviar mais 74 observadores de curto prazo, incluindo diplomatas dos Estados-membros e uma delegação de deputados do Parlamento Europeu, que se juntarão à missão em Moçambique para continuar o monitoramento do processo eleitoral (DW). Clique Aqui para ver mais...