STAE descobre manobras da Frelimo e cancela concurso de formadores dos MMV's
Segundo informações do Diário da Zambézia, o Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE) cancelou o concurso para formadores provinciais dos membros das mesas de voto (MMV) na cidade de Kilimani.
A decisão veio após denúncias de possíveis manobras envolvendo o partido Frelimo.
O cancelamento ocorre um mês após o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) ter alertado, em uma conferência de imprensa no dia 5 de agosto de 2024, sobre o recrutamento massivo de membros da Frelimo para cargos de formadores.
De acordo com o Diário da Zambézia, o MDM possui uma lista nominal, datada de 11 de julho de 2024, contendo 154 nomes de candidatos ligados ao partido Frelimo, a qual foi assinada por Laurindo Piloto, primeiro secretário do partido.
O MDM afirmou que esta lista foi enviada ao STAE, levantando suspeitas de favorecimento político.
Quando confrontado pela imprensa, Laurindo Piloto negou as acusações, afirmando que o recrutamento dos membros das mesas de voto é de responsabilidade exclusiva do STAE.
Ele argumentou que a Frelimo estava apenas se organizando para as eleições e que o partido não estava envolvido no processo de seleção de formadores.
Ainda segundo o Diário da Zambézia, apesar da denúncia do MDM, o STAE local seguiu com o processo de recrutamento.
No entanto, cerca de um mês depois, o STAE central interveio, anulando o concurso e confirmando as suspeitas levantadas.
O documento justificando a decisão foi tornado público, destacando que a nulidade do concurso se deu devido à suspeita de parcialidade política.
A anulação do concurso gerou grande repercussão, deixando incerto o futuro dos formadores que já haviam assinado seus contratos.
Muitos aguardam saber se seus contratos serão rescindidos. A notícia foi transcrita por Tela Vibes News.