CAD marcha em repúdio à decisão antidemocrática, ilegal e excludente da CNE
Dezenas de membros e simpatizantes da Coligação Aliança Democrática (CAD) que suporta a candidatura presidencial do Engenheiro Venâncio Mondlane, estão, neste momento, a marchar em repúdio à decisão antidemocrática, ilegal e excludente da Comissão Nacional de Eleições (CNE).
Empunhando dísticos com mensagens como: “Mamã Lúcia Ribeiro, o País é seu, salve-o”; “Mamã Lúcia faça justiça e não política” e “Diabo Carlos Matsinhe”, clamam por justiça.
Há dias, a CNE rejeitou as listas da CAD, alegadamente por não reunir os requisitos legais estatuídos para a apresentação de candidaturas, o que segundo o porta-voz do órgão, Paulo Cuinica, “resulta nulidade do processo da sua candidatura".
Segundo Cuinica, o convénio para a constituição da CAD foi aprovado em 27 de abril pelos partidos políticos Padres, Palmo, Panade, Partonamo, PNDM e PRD, mas após a entrega de documentação em falta o órgão eleitoral refere que dois desses partidos não constavam do novo convénio, sem o respetivo ato comprovativo da alteração, conforme exigido legalmente.
O presidente da CAD, Manecas Daniel, refuta as alegações. Diz que a decisão da CNE é de cunho político e não técnico. Afirma que a mesma só foi tomada quando a FRENAMO ficou a saber que a CAD ia suportar a candidatura de Venâncio Mondlane.
Os dirigentes da CAD dizem que não é a primeira vez que participam nas eleições. Afirmam que concorreram em 2018, 2019 e 2023.
Neste momento, a CNE está em polvorosa. É que um dos vogais do órgão nega que tenha havido consenso sobre a queda da CAD e afirma que a coligação tinha sido legalmente inscrita.
Na sequência da decisão da CNE, a CAD submeteu um recurso ao Conselho Constitucional. A decisão deve ser conhecida na próxima semana.